Falso médico recebeu mais de meio milhão de reais como funcionário fantasma

 


O falso médico Thiago Celso Andrade Reges, 36 anos, acusado de exercer medicina de forma ilegal, trabalhou como funcionário-fantasma em Itapajé, durante 13 meses — entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022. Thiago, que foi preso, recebia R$ 42,5 mil no município por mês, o que totalizou R$ 552,5 mil ao fim dos 13 meses.

A gestão municipal de Itapajé, eleita em 2020, teria encerrado contrato com o falso médico ao assumir a prefeitura, em janeiro de 2021. Contudo, como constatado pelo g1, o nome de Thiago aparece com vínculo ao município até janeiro de 2022, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.

A Prefeitura da Itapajé, onde Thiago trabalhou com um diploma falso, diz que não tem vínculo com Thiago Celso desde abril de 2021, quando ele recebeu remuneração da gestão municipal pela última vez. A cooperativa responsável pelo pagamento dos profissionais na cidade acrescenta que ele não fez plantões na cidade após abril do mesmo ano.

A captura de Thiago ocorreu em 17 de março, no Bairro Cocó, em um prédio da área nobre da capital cearense. Além do exercício ilegal da medicina, ele é investigado por estelionato e falsidade ideológica e de documentos, pois tentou validar um falso diploma.

Conforme documento ao qual o g1 teve acesso, Thiago usou dinheiro obtido com o exercício ilegal da medicina para bancar uma vida de luxo. Ele trabalhou em pelo menos quatro hospitais no Ceará, nas cidades de Itapajé, Mulungu, Baturité e Pentecoste.

Uma servidora de Itapajé, que preferiu não se identificar, informou ao g1 que Thiago era conhecido na cidade e buscava fazer plantões para aumentar a remuneração. Quando houve vacância no cargo de diretor de uma unidade de saúde do município, ele se candidatou à vaga, mas foi reprovado por "ser considerado inapto para a função".

O caso corre em segredo de Justiça. Além disso, o homem responde por tráfico internacional de mulheres, no Acre.

Fonte: G1

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