Cem dias de Gorete Caetano na prefeitura

 

Prefeita Gorete Caetano completa 100 dias de gestão neste sábado, 10 de abril.

Eu costumo dizer que os cem dias iniciais de uma gestão é o tempo necessário para as primeiras avaliações, antes disso, acho precipitado qualquer tipo de análise.

Todos sabem que no município de Itapajé a atual prefeita Dra. Gorete Caetano, venceu a eleição com uma diferença esmagadora, e essa popularidade lhe deu tranquilidade para administrar os primeiros dias, porém, acredito que também gerou um certo comodismo, a ponto de já existir um nível elevado de desgaste.  

É bom dizer que nenhum gestor consegue governar se não tiver bem assessorado, uma equipe de gestão capacitada é fundamental para a conquista de resultados, e nesse aspecto a prefeita vem errando desde o primeiro dia. Basta lembrar que a gestão começou sem secretários, depois iniciaram as nomeações, algumas sem nenhuma qualificação especifica para área, fato que desagradou até mesmo os aliados mais próximos.    

Porém, o desgaste maior tem sido produzido pela forma como a gestão tem gerenciado a saúde pública do município em tempos de pandemia, e o fato da prefeita ser médica, tem aumentado ainda mais as cobranças por parte de pessoas que buscam um serviço de qualidade.

SAÚDE

Que a saúde de Itapajé é um problema crônico, ninguém tem dúvida, mas nos últimos dias parece ter piorado. As reclamações do Hospital e Maternidade João Ferreira Gomes (FUSEC) se ampliaram, pois conta apenas com um médico plantonista para atender toda população.

O hospital também não dispõe de médico obstetra, fato que vem provocando prejuízo de vidas, inclusive, na última semana uma jovem perdeu seu bebê por falta de um atendimento adequado. Outra lamentação da população, é o fato de não existir uma separação no atendimento aos casos suspeitos de Covid, atualmente toda demanda é levada ao hospital, isso sem falar da falta de médico na maioria dos PSFs.

O mais impressionante é que não apareceu nenhuma justificava convincente para a falta desses profissionais, fala-se que não existe disponível no mercado, mas no próprio governo há médicos ocupando cargos no alto escalão. Dá pra entender? A conclusão que se chega é: sobra médico no governo e falta no hospital. Isso é inadmissível.

OUTRAS ÁREAS

As cobranças são maiores sobre a saúde é óbvio, pois é a área que está mais exposta nesse período crítico da Covid-19, mas a população já parou para analisar as demais? O que tem sido feito na educação, ação social, infraestrutura, desenvolvimento econômico, desenvolvimento rural e cultura? Talvez essas outras áreas estejam em situação bem pior, pois não se ouve falar em ações a nível municipal para favorecer a população nesse momento tão difícil.

Infelizmente, a gestão da prefeita Dra. Gorete chega aos 100 dias sem ofertar o básico, sem conseguir cumprir promessas simples de campanha e implementar avanços visíveis. A prefeita tem apostado em ações midiáticas como aparecer vacinando e até mesmo entrar em cesto de caminhão munck para simular reposição de luminárias, aliás, foi uma das cenas mais ridículas e debochadas que já vi um gestor realizar.  

O que a prefeita precisa fazer mesmo com urgência é governar, a forma como ela encontrou o município ou as dificuldades existentes não podem ser usadas como desculpa para os serviços básicos não funcionarem. Esses são apenas os cem primeiros dias, isso significa dizer que ainda dá tempo corrigir os erros e organizar a administração, mas para isso a gestora precisa agir rápido e tomar decisões onde o objetivo seja a eficiência no serviço prestado à população. Caso demore muito, pode não ter tempo suficiente para realizar uma boa gestão.