Itapajé: Promotores da PROCAP colhem novos depoimentos na 'Operação Pedra do Frade'



Como já havia sido divulgado, promotores da PROCAP (Procuradoria de Crimes Contra a Administração Pública) estiveram em Itapajé na ultima segunda-feira(18). Desta feita, os promotores estiveram colhendo alguns depoimentos de pessoas que tem algum tipo de ligação nos casos suspeitos de fraudes investigados na gestão do prefeito afastado Ciro Braga. As investigações fazem parte da operação "Pedra do Frade" que já resultou no afastamento de Ciro e do vereador Idervaldo Rocha pelo prazo de 90 dias. A reportagem apurou que pelo menos dois promotores da PROCAP colheram os depoimentos na procuradoria do município. A quantidade de pessoas ouvidas e o teor dos depoimentos não foram divulgados.
SAIBA MAIS:
A Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP) desencadeou, na ultima quinta-feira,31 DE MARÇO, a Operação “Pedra do Frade”, no município de Itapajé. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Prefeitura e na Câmara Municipal. O prefeito do município, Ciro Mesquita da Silva Braga, e o vereador Idervaldo Rodrigues Rocha foram afastados dos cargos por 90 dias pela desembargadora Lígia Andrade de Alencar Magalhães.
Na decisão, a magistrada determinou ainda a quebra de sigilo bancário e fiscal dos políticos e a proibição de que eles tenham acesso ou frequentem repartições públicas municipais pelo mesmo período para evitar a destruição ou ocultação de provas.
Ciro Mesquita da Silva Braga e Idervaldo Rodrigues Rocha são investigados de envolvimento em fraude de processo legislativo que tramitou em 2013, quando o vereador era, então, presidente da Câmara Municipal de Itapajé. Na época, foi alterado um projeto de lei para autorizar a locação de um galpão onde foi instalada uma indústria de calçados. Além disso, estão sendo averiguadas irregularidades na licitação para reforma do local.
O prefeito e o vereador de Itapajé poderão ser acusados dos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, fraude em procedimento licitatório, extravio de documento e peculato.
Participaram da operação, que contou com o apoio de policiais civis da Delegacia de Crimes contra a Administração e Finanças Públicas e de peritos forenses do Estado, os assessores da PROCAP, promotores de Justiça Breno Rangel, Deolinda Costa, Guilherme Lima, Régio Vasconcelos e Sérgio Peixoto, e os titulares da 1ª e da 2ª Promotorias da Comarca de Itapajé, respectivamente, Rodrigo Manso Damasceno e Valeska Catunda Bastos.


Por CLESIO MARQUES

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